segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mão do Lixo

A mão que eu cato o lixo
Não e a mão com que eu devia ter.
Não tenho para ganhar
Na mesa da minha casa
O pão bom de cada dia.
Como não tenho, aqui estou.
Catando lixo dos outros,
O resto que vira lixo.
Não faz mal se ficou sujo,
Se os urubus beliscaram,
Se ratos roeram pedaços,
Mesmo estragado me serve,
Porque fome não tem luxo.
A mão com que cato o lixo
Não e a que eu devia ter.
Mas a mão que a gente tem
E feita pela nação.
Quando como coisa podre
Depois me torço de dor
Fico pensando: tomara
Que esta dor um dia doa
Nos que tem tanto, mas tanto,
Que transformam pão em lixo
Com meus dedos no monturo
Sinto-me lixo também.
Não pareço, mas sou criança.
Por isso enquanto procuro
Restos de vida no chão,
Uma fome diferente,
Quem sabe é o pão da esperança
Esquenta meu coração:
Que um dia criança nenhuma
Seja mão serva do lixo

                                                                                                                Tiago de Mello

                                                         Por: Marciele de Moura

sábado, 21 de maio de 2011

Notícia sobre o lixo!

     Volume de resíduos de construção civil e reformas é quase o dobro do lixo doméstico em Goiânia. Cerca de 60 mil toneladas são recolhidas por mês na capital, enquanto de lixo urbano doméstico são 32 mil toneladas. Com crescimento da construção civil, a quantidade real pode ser ainda maior, já que são coletados somente os resíduos abandonados em logradouros públicos. A destinação incorreta tem gerado sérias consequências para o meio ambiente, como o assoreamento de córregos e poluição do lençol freático.

     No Centro-Oeste, foram produzidas 11.525 toneladas por dia de entulho em 2010, o que representa 0,9 kg por habitante. Em um ano, a produção desse resíduo aumentou em 4,8% na região e 8,7% a mais que em 2009 no País, segundo o panorama divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. A cada metro quadrado de obras são gerados, em média, 150 kg de resíduos.

     Para construir uma casa de 250 metros quadrados, dez caçambas de resíduos são gerados. Nem todo resíduo da construção chega ao aterro sanitário, de acordo com a diretora de gestão ambiental da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Celma Alves dos Anjos. “Estimativa pelos dados do setor de construção civil é de três a quatro toneladas de entulho por dia em Goiânia”. Mas, segundo informou, o monitoramento da deposição correta desses resíduos não consegue acompanhar a quantidade crescente de obras.

Coleta
     De acordo com resolução de 2004 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a responsabilidade pela coleta e destinação final desse tipo de resíduo é do gerador. Por isso, até dois metros cúbicos são recolhidos pela prefeitura, referente a pequenas obras. Acima dessa quantidade, é preciso a contratação de caçambas e empresas para fazer a coleta.

    “O problema é que o pequeno gerador coloca acima da quantidade e põe aos poucos, fracionando a quantidade”, explica Celma Alves. A maioria desses resíduos é depositada clandestinamente e têm obstruído córregos e drenagens, o que contribui para enchentes e para a proliferação de mosquitos e outros vetores. Em Goiânia, em 2010, foram contabilizados 60 pontos de destinação irregular .
Na última semana, a Amma identificou três locais novos que são utilizados pela população para descartar esses resíduos. A prática é considerada crime ambiental. Em áreas particulares os proprietários são notificados ou autuados, em locais públicos o entulho é removido, prática que, se evitada, deixaria de gerar custos para os cofres públicos – gasto chega a R$ 500 mil por mês.

Carlos Eduardo/ Postado por: Pâmela Lobur.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Solução para o lixo em Palmeira das Missões



Encontrar alternativas viáveis que permitam resolver os problemas ocasionados pelos resíduos urbanos em Palmeira das Missões. Este foi o objetivo da reunião realizada na tarde da última terça-feira, 08 de fevereiro, no gabinete do prefeito Lourenço Ardenghi Filho, da qual participaram autoridades e representantes de diversas entidades. A idéia é desenvolver uma extensa campanha educativa no sentido de orientar a comunidade sobre a correta destinação dos materiais não recolhidos pela empresa que faz a coleta no município, como isopor, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, entre outros resíduos.
As entidades e instituições participantes do encontro, conscientes dos problemas ambientais ocasionados pelo descarte incorreto destes produtos, posicionaram-se totalmente favoráveis à ação do poder Executivo local, associando-se desde já ao projeto que será desenvolvido nas próximas semanas para este fim. Dentro em breve, nova reunião voltará a abordar o assunto, momento em que serão detalhadas algumas ações e idéias iniciais que nortearão a elaboração de projeto relacionado ao lixo.

Cassiano Rodrigues

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Metano liberado nos lixões gera energia elétrica


Transformar montes de lixo em algo produtivo, que diminui a quantidade de gases tóxicos lançados na atmosfera e ainda gera energia: essa é a idéia por trás das usinas de metano em funcionamento na cidade de São Paulo. Até 2007, cerca de 25% das emissões de gases de efeito estufa de São Paulo vinham dos aterros Bandeirantes, ativo entre 1979 e 2006 e o maior da América Latina, e São João, que funcionou entre 1992 e 2007.
Hoje, o metano (gás 21 vezes mais nocivo que o CO2) liberado pelos lixões é usado para gerar energia elétrica. Um acordo feito com a prefeitura permitiu que os dois lixões fossem explorados para produzir energia. As empresas responsáveis por eles (Loga e EcoUrbis - que cuidam do Bandeirantes e do São João, respectivamente) fecharam uma parceira com a Biogás para que o metano captado seja queimado e transformado em eletricidade.
Os dois locais acumularam juntos 64 milhões de toneladas de lixo. O produto gerado por essa biomassa abastece 800 mil pessoas e reduz em 20% as emissões na cidade.

Cassiano Rodrigues

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O lixo depois das chuvas
SÃO PAULO - A Comlurb já removeu 800 toneladas de resíduos nas áreas da cidade do Rio de Janeiro atingidas pelo temporal que caiu entre a noite de segunda-feira, 25, e a madrugada de terça-feira, 26. Somente na quarta-feira, 27, segundo dia da operação de limpeza, os agentes recolheram 500 toneladas de lixo.
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, contou com efetivo de 425 homens na área da Praça da Bandeira e Grande Tijuca. A Comlurb participou do trabalho com equipe de 350 garis na quarta-feira.
Para a operação de ontem, foram utilizados doze caminhões basculantes, uma carreta de três metros cúbicos, duas pás mecânicas, duas mini pás carregadeiras, cinco compactadores e quatro carros pipa.
Os 60 homens da Coordenadoria Geral de Conservação (CGC) trabalharam nas Avenidas Radial Oeste e Francisco Bicalho, Praça da Bandeira e nas Ruas do Matoso, Radialista Waldir Amaral, Praça Maracanã, Lopes de Souza, Hilário Ribeiro, Sotero Reis, Barão de Iguatemi, Pereira de Almeida, Joaquim Palhares. Ao todo 1.114 unidades de ramais de ralo e 1.200 metros de galerias de águas pluviais foram desobstruídos. Vinte e cinco técnicos da Rioluz normalizaram 34 circuitos apagados e consertaram quatro redes danificadas pelas chuvas.
                                                                                  Matheus Guttler Paim

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Como cuidar o lixo?"

Trabalho de Religião para dia 05 de Abril (Quinta-Feira).
O trabalho será avaliado em Sociologia também.

HORÁRIO!

                                                                       Pâmela Rodrigues Lobur.

Últimas notícias sobre o lixo!

            
            Algumas boas, outras nem tanto. As boas primeiro: muitos setores empresariais já estão se mexendo para adaptar-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem até junho deste ano para estabelecer metas de redução, logística reversa e reciclagem de rejeitos.
            Neste mês, fabricantes de latas e a Associação da Cadeia Produtiva do Aço uniram-se para anunciar a instalação de um grande centro de reciclagem de embalagens metálicas na região metropolitana de São Paulo. É uma forma de organizar o setor, já que a reciclagem do material era feita informalmente.
            Hoje 47% dessas embalagens são recicladas, mas a meta é aumentar o percentual para 70% em cinco anos. O projeto prevê melhor remuneração aos catadores e cooperativas, além de mais três centros de coleta a serem construídos em São Paulo.
            Os fabricantes de embalagens de vidro também estão ativos e acabam de enviar ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de gerenciamento e reciclagem de seus produtos. A ação inclui a criação de uma entidade que administre as relações entre cooperativas de catadores, prefeituras e indústrias para organizar a logística reversa e destinação adequada desse material todo. Lembrando que metais e vidros são 100% recicláveis e voltam a ser embalagens, com a mesma qualidade. Por isso mesmo, o reaproveitamento desse material pode dar um bom lucro à indústria e, por tabela, ao meio ambiente.
            Seguem na mesma toada o isopor e o alumínio. A reciclagem do primeiro saltou de 40 mil toneladas/mês, em 2007, para 400 toneladas mensais, em 2010, segundo o próprio setor. Ele é reaproveitado como matéria-prima para produção de plástico. Quanto ao alumínio 92% já é reciclado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
            Agora a notícia que desanima: enquanto as empresas se organizam em torno de soluções práticas, as prefeituras brasileiras nem sequer conseguem implementar a coleta seletiva do lixo que colocamos na porta de casa.
            E mais uma vez a capital paulista dá o mal exemplo. A Secretaria de Serviços da maior cidade do país informou neste mês que 48% das residências paulistanas (quase metade dos habitantes da metrópole) ainda não dispõem de serviço de coleta seletiva nos seus bairros. Para se ter uma idéia, segundo o próprio secretário, 10 das 17 toneladas de lixo recolhidas por dia em São Paulo é domiciliar.
            Lembrando que a mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE revela que só 994 das 5 564 cidades brasileiras contam com coleta seletiva. A pesquisa diz mais: no Norte e Nordeste ainda reinam os lixões a céu aberto. Preocupante.
22-Abril-2011

Pesquisa: Carlos Eduardo.
Postagem: Pâmela Rodrigues Lobur.